sexta-feira, 25 de outubro de 2013




Componentes do grupo: Carmem Ullmann, Fabiane von Mühlen Prante, Márcia Regina da Rosa, Marta Lucia Corassini e Viviane Adriane Buhring.




Assunto: Entrevista realizada na Emef Princesa Isabel sobre inclusão.




Na nossa cidade temos a inclusão de alunos surdos no ensino regular. A Rede Municipal de Panambi trabalha na perspectiva da Educação Inclusiva, por isso em quase todas as escolas desde a Educação Infantil e do Ensino Fundamental há alunos com deficiência e transtorno global de desenvolvimento incluídos nas classes comuns.
A Escola Municipal em que os alunos surdos estão matriculados é a EMEF Princesa Isabel, a qual conta com o trabalho de um professor com formação específica de interpretação e no turno inverso ao da classe comum elas recebem o Atendimento Educacional Especializado no Centro de Atendimento Educacional Especializado Panambi (CAEEP), instituição essa mantida pela Secretaria Municipal de Educação.
No momento temos duas alunas com surdez, uma estudante dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental e a outra, dos Anos Finais. Para elas, a escola faz uso de uma abordagem bilíngue, ou seja, Língua Brasileira de Sinais como primeira língua e Português na modalidade escrita, como segunda. Há também, um aluno com deficiência múltipla (intelectual e surdez), porém ele faz uso de prótese auditiva, fazendo uso da linguagem oral como forma de comunicação.
A aluna dos Anos Finais do Ensino Fundamental, quando ingressou na escola, já fazia uso da Língua de Sinais como forma de comunicação, tendo em vista que veio transferida da extinta Escola Especial Pequeno Príncipe, também mantida pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura. Quanto à aluna dos Anos Iniciais, é interessante relatar que ela veio com sua família de outra cidade por saber que Panambi tinha uma proposta de ensino voltada para a inclusão, segundo relato da mãe. A menina não conhecia Língua de Sinais. Assim sendo, começou adquirir a LIBRAS na idade escolar. A aquisição de LIBRAS acontece formalmente uma vez por semana, num projeto de Libras para a turma toda, a fim de estreitar os laços e a comunicação, como acontece também, no Atendimento Educacional Especializado.
Na sala de aula as alunas contam com o trabalho da intérprete que tem formação específica para esse fim, bem como formação pedagógica, o que consideramos ser relevante na mediação da interpretação das aulas.
Salientamos que no turno inverso das aulas, conforme a necessidade específica, é desenvolvido o AEE (Atendimento Educacional Especializado), que visa promover o acesso dos alunos com surdez ao conhecimento escolar em duas línguas: em Língua Portuguesa e em LIBRAS, a Língua Brasileira de Sinais, para isso é elaborado o Plano de Atendimento para desenvolver as atividades complementares com os educandos com surdez, o professor de AEE inicia com o estudo das habilidades e necessidades educacionais específicas dos alunos, bem como das possibilidades e das barreiras que tais alunos encontram no processo de escolarização. Conforme Damázio (2007), o AEE para alunos surdos envolve três momentos didático-pedagógicos:
  • Atendimento Educacional Especializado em LIBRAS;
  • Atendimento Educacional Especializado de LIBRAS;
  • Atendimento Educacional Especializado de Língua Portuguesa.
O AEE, nesses três momentos, visa oferecer a esses alunos a oportunidade de se beneficiar de ambientes de aprendizagem que focalizem o ensino da LIBRAS – L1 (primeira língua) e da Língua Portuguesa escrita – L2 (segunda língua), da antecipação de conceitos que serão apresentados na aula regular – em LIBRAS e da produção de material didático visual.
Também destacamos que as práticas de sala de aula comum e do AEE são orientadas de forma articuladas, primando por metodologias de ensino que estimulem vivências e que levem o aluno a aprender a aprender, propiciando condições essenciais da aprendizagem dos alunos com surdez na abordagem bilíngue, estimulando propostas de ensino que contemple na prática da sala de aula o recurso visual.
Na escola os professores tem contato com a LIBRAS, pois a escola tem horário de LIBRAS semanal com as turmas, que tem alunos incluído. Durante as reuniões pedagógicas da escola sempre é abordado o assunto e é aberto espaço para mostrar algum material e passar noções básicas de libras para todos os professores, com a própria profissional da escola responsável pela interpretação.
Há inclusão acontece de fato, porque os demais alunos da escola desenvolvem o aprendizado da língua de sinais automaticamente devido a convivência com os colegas surdos. O poder público estadual envia recurso específico para adquirir materiais para trabalhar com os alunos surdos, onde a escola possui materiais visuais como mapas e power point. O município apoia com a estrutura escolar e disponibiliza os profissionais habilitados para a área. Numa visão geral a comunidade e a família não estão preparados para amparar o surdo, mesmo tendo a disposição no Caeep o profissional para adquirir libras nã há interesse em buscar o aprendizado. Notamos que a Emef Princesa Isabel está preparada e busca atender as necessidades destes alunos.

8 comentários:

  1. Nota-se a importância do conhecimento em libras para que possamos nos comunicar com as pessoas que possuem a deficiência em surdez, ter ao menos o mínimo de conhecimentos dos principais sinais seria o ideal tanto para professores quanto aos alunos, assim a pessoa com esta deficiência com certeza estaria ainda mais inclusa no ambiente escolar e na própria comunidade.

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  2. Nota-se a importância do conhecimento em libras para que possamos nos comunicar com as pessoas que possuem a deficiência em surdez, ter ao menos o mínimo de conhecimentos dos principais sinais seria o ideal tanto para professores quanto aos alunos, assim a pessoa com esta deficiência com certeza estaria ainda mais inclusa no ambiente escolar e na própria comunidade.

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  3. A importância dos profissionais da educação terem conhecimento em libras é extremamente importante para a inclusão. Também a comunidade escolar teria que saber e ter acesso a cursos de libras para que os alunos surdos pudesse interagir com o ambiente escolar e familiar.

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  4. Olá pessoal.
    Gostaria de fazer um questionamento.
    Que medidas, na opinião de vocês, poderiam ser tomadas para que a comunidade se conscientizasse da importância da inclusão de alunos surdos no ambiente escolar?

    Abraço,
    Vinicius.

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  5. É muito importante conhecermos a língua de sinais, e a inclusão social na comunidade escolar, para que alunos tenham acesso, não somente a pessoa que tem a necessidade para também as que a rodeiam.

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  6. Boa tarde,
    Sou a tutora a distância de Libras – Rubia.
    Parabéns pela realização da pesquisa. Ao ler as postagens dos grupos do polo de Panambi percebo que esta escola esta bem estruturada para atender os alunos surdos. Fico muito feliz quando vejo uma escola trabalhando em prol de uma inclusão de qualidade.
    A questão que vocês levantam, em relação a comunidade e a família não terem interesse em se apropriarem desta língua, vocês acreditam que se deve a que fator?
    Abraço

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  7. Olá Rubia, agora que tivemos que realizar uma atividade prática sobre libras, vejo o quão importante é esta lingua, me senti muito feliz em praticar e inclusive até membros da minha família praticaram comigo, é realmente importante sabermos o mínimo que seja para nos comunicar com estas pessoas, e por acaso hoje precisei me comunicar com um cliente com estas deficiências e percebi que não só em sala de aula temos que saber a lingua de sinais mas até para o nosso trabalho. A realidade é que falta interesse das pessoas e até mesmo um curso que proporcionasse as pessoas a se integrarem nesta área. Para nós seria muito viável de tivessemos um cursinho ou algumas aulas para praticarmos libras, não saber somente o alfabeto, mas como nos comunicar através de gestos que fossemos entendidos.

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