Entrevista Realizada no Instituto Federal Farroupilha,
Campos Panambi sobre a Inclusão do Surdo
Na região de Panambi a Educação Especial, já não é mais
concebida como um sistema educacional paralelo que segrega os indivíduos diferentes
do padrão. Possui Instituições Educacionais Federais, Escola de rede Estadual e
Municipal.
Nossa entrevista foi realizada no Instituto Federal
Farroupilha Campos Panambi, com a representante do NAPNE Luciana de Oliveira
Fortes, a Instituição possui atualmente dois alunos com deficiência auditiva, e
um surdo oralizado.
O NAPNE Núcleo de Atendimento a Pessoas com
Necessidades Educacionais Especiais foi criado pela Portaria nº 20 de 4 de maio
de 2010, é um setor deliberativo, que responde pelas ações do Programa TECNEP
na instituição. Tem por finalidade promover a cultura da educação para a
convivência, aceitação da diversidade e, principalmente, buscar a quebra de
barreiras arquitetônicas, educacionais e atitudinais na instituição, de forma a
promover inclusão de todos na educação.
Os três alunos já conheciam a Língua Brasileira de
Sinais, pois eram alunos da antiga Escola Especial Pequeno Príncipe e mesmo
assim, os alunos têm o acompanhamento de Interpretes e mais Educadores de
Libras.
Em Panambi infelizmente, é possível observamos situações de
segregação e exclusão no sistema educacional.
O Instituto conta com uma Sala Multifuncional, que tem como objetivo disponibilizar aos sistemas públicos de ensino,
equipamentos de informática, mobiliários, materiais pedagógicos e de
acessibilidade, com vistas a apoiar a ampliação da oferta do atendimento
educacional especializado - AEE (Atendimento Educacional
Especializado), que visa promover o acesso dos alunos com surdez ao
conhecimento escolar em duas línguas: em Língua Portuguesa e em LIBRAS, a
Língua Brasileira de Sinais e também com o Programa Incluir que é o Programa de
Acessibilidade na Educação Superior (Incluir) propõe ações que garantem o
acesso pleno de pessoas com deficiência às instituições federais de ensino
superior (Ifes). O Incluir tem como principal objetivo fomentar a criação e a
consolidação de núcleos de acessibilidade nas Ifes, os quais respondem pela
organização de ações institucionais que garantam a integração de pessoas com
deficiência à vida acadêmica, eliminando barreiras comportamentais,
pedagógicas, arquitetônicas e de comunicação.
Desde 2005, o programa lança editais com a finalidade de apoiar projetos
de criação ou reestruturação desses núcleos nas Ifes. Os núcleos melhoram o
acesso das pessoas com deficiência a todos os espaços, ambientes, ações e
processos desenvolvidos na instituição, buscando integrar e articular as demais
atividades para a inclusão educacional e social dessas pessoas. São recebidas
propostas de universidades do Brasil inteiro, mas somente as que atendem às
exigências do programa são selecionadas para receber o apoio financeiro do MEC.
Figura com as alunas Beatriz, Carina e Rubia, a professora representante do NAPNE Luciana de Oliveira Fortes e o aluno Surdo Oralizado.
Componentes: Beatriz Costa Beber, Carina Meneghetti Wagner e Rubia
Dariele Germano Balconi
Oi, Pessoal!
ResponderExcluirO 1º contato que tive com Libras - Língua Brasileira de Sinais, foi em 2012, quando Tutora da disciplina. Com o professor Fabiano, que vcs conhecerão, se já não o conhecem, aprendi algumas curiosidades sobre essa língua, uma delas é que ela é uma segunda língua brasileira, assim como, a Língua Portuguesa. Então, nós temos 2 línguas oficiais...!
Olá prof. Sandra, com certeza temos duas línguas sim, pois Libras é muito importante assim como nosso Português, o uso de Libras na educação dos surdos valoriza a língua natural do surdo, dando condições para que estes possam desenvolver-se para a vida social, a cidadania e para o trabalho.
ExcluirOlá pessoal.
ResponderExcluirGostaria de fazer uma pergunta.
Vocês poderiam fazer brevemente uma distinção entre alunos surdos oralizados e deficientes auditivos? Os colegas podem complementar as respostas com dados pesquisados na internet.
Abraço,
Vinicius.
Boa Noite Professor! Como as colegas ja falaram os sudos oralizados são aqueles que alem da língua de sinais eles falam oralmente, a fala no entanto é um pouco diferente mas se consegue compreender normalmente,ja os deficiente auditivos ,são os surdos que somente se comunicam pela língua de sinais.Quando fomos realizar a entrevista percebi o quanto a gente é leigo neste assunto e o quanto ainda temos que aprender, pois até então eu não sabia que existia estas difereça
ExcluirOlá professor, respondendo a questão a sim uma distinção entre surdos oralizados e deficientes auditivos.
ResponderExcluirO deficiente auditivo é o que teve a perda parcial ou total de audição, podendo ela ser de nascença ou causada posteriormente por doenças já o surdo oralizado é o surdo congênito que utiliza qualquer língua oral para se comunicar, na modalidade oral, oro-facial, que é mais conhecida como leitura labial e/ou leitura e escrita, ou seja o surdo que sabe ler e escrever, mas não é fluente na fala.
Olá!!!
ResponderExcluirAo mesmo tempo em que os integrantes do movimento das pessoas com deficiência lutam, para mostrar à sociedade que a deficiência é um dos componentes da diversidade humana, algumas pessoas surdas lutam, para mostrar que existe uma diversidade inclusive dentro da surdez. No caso da acessibilidade em comunicação para pessoas surdas, algumas considerações devem ser feitas a respeito dos diferenciais linguístico-cognitivos encontrados entre as pessoas surdas. A maioria das pesquisas, ao tomarem a surdez como objeto de estudo, não leva em consideração que a pessoa surda é um objeto sujeito eminentemente social. E que, "enquanto sujeito social tem em si impresso as diferenças individuais, as influências sociais, educacionais, culturais e históricas que compõem a tessitura de seu cotidiano" (FERNANDEZ, 1993). Por isso, com base nesta afirmação de Fernandez, fica evidente a necessidade de explicar aqui as diferenças existentes entre surdos oralizados e surdos não oralizados: Surdos oralizados e não oralizados geralmente apresentam diferentes raízes de concepção de mundo. Enquanto estes últimos estão mais próximos de uma "massificação" da Cultura Surda, que tem na língua de sinais a sua manifestação maior de cultura; os oralizados se aproximam mais das manifestações da Cultura Ouvinte, onde se privilegia a habilidade da fala e eficácia em leitura labial.
Ótimo Carina e Rúbia.
ResponderExcluirMais comentários?
Boa noite,
ResponderExcluirSou a tutora a distância de Libras – Rubia.
Parabéns pela realização da pesquisa. Os comentários foram bem pertinentes. Peço que vocês participem da web conferência com o professor Fabiano sobre a Língua Brasileira de Sinais, pois esta discussão sobre surdo oralizado, deficiente auditivo, surdo, enfim... tem agregado concepções culturais muito fortes.
Em que nível de ensino estes alunos estão matriculados nesta instituição?
Abraço
O nível de ensino é Profissionalizante
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