sábado, 26 de outubro de 2013

Inclusão do aluno surdo no ambiente escolar.

A experiência é um estudo de caso junto a Escola de Ensino Fundamental Adolfo Kepler, na qual foi verificada, através de uma entrevista, a existência de um aluno surdo na mesma. Foi analisada a estrutura que a escola oferece para alunos com esta deficiência.
            
 Figura 1: Cartaz na porta da sala da AEE (Atendimento Educacional Especializado)

1. Nesta região as escolas tem inclusão de alunos surdos? Ou há escolas com atendimento específico para surdos? Ou outras instituições prestam este atendimento?
R.: Não há muitas escolas com alunos surdos em Panambi, isto foi constatado ao pesquisar nas escolas a existência dos mesmos. Esses alunos são incluídos nas escolas de nosso município juntamente com os demais alunos. Existia a EMEF Pequeno Príncipe que prestava atendimento específico a surdos, mudos e cegos, hoje não existe mais este atendimento especializado.

2. Quantos alunos surdos estudam nesta instituição? Qual é tipo de surdez (Surdo, Deficiente Auditivo ou Surdo Oralizado)?
R.: Na EEEF Adolfo Kepler há somente um aluno surdo, este é surdo desde o nascimento. Não é surdo oralizado, porém algumas vezes pronuncia algumas poucas palavras, como, oi, tudo bem. Ele faz leitura labial, mas conforme familiares relataram não se relaciona muito com estranhos.

3. Estes alunos sabem a Língua Brasileira de Sinais - Libras? Onde aprenderam?
R.: O aluno tem bastante conhecimento de Libras, que foi adquirido na Antiga EMEF Pequeno Príncipe. Com a família utiliza outros meios de comunicação adquiridos com a convivência, pois a família relata não ter feito um curso de Libras.

4. Na sala de aula, o aluno surdo tem o profissional Tradutor/Intérprete de Língua Brasileira de Sinais - Libras? Ou outros tipos de profissionais?
R.: O aluno tem o profissional Tradutor/intérprete de Libras que o acompanha praticamente em todas as aulas, além desta há a professora da AEE em turno inverso.

5. Há professores nesta instituição que sabem a Língua Brasileira de Sinais - Libras?
R.: Além dos profissionais especializados não há nenhum professor que conhece Libras.

6. Após este levantamento o grupo deve analisar a situação da inclusão do surdo nas escolas da região levando em consideração questionamentos como: O poder público tem garantido condições de acesso e aprendizagem aos alunos surdos? Como a comunidade (família, escola, ONGs, entidades religiosas) atua para amparar o surdo na região/cidade? Os professores estão preparados para atender alunos surdos?
R.: O poder público vem demonstrando interesse em garantir melhores condições na aprendizagem de alunos surdos, incluindo os mesmos nas salas de aula com profissionais capacitados que os auxiliam, porque os professores em geral não tem preparo para garantir o ensino-aprendizado a esses alunos. A comunidade em si também tem dado atenção a essa questão e vem contribuindo com cursos de Libras em centros comunitários e igrejas. Algumas igrejas tem intérpretes durante os cultos e/ou palestras, demonstrando interesse na inclusão. Também algumas empresas que possuem funcionários com deficiência auditiva fornecem o curso de Libras aos demais funcionários para que possa haver comunicação entre eles.

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Figura 2: Sala do AEE
A escola disponibiliza uma sala com recursos para suprir as  necessidades de alunos  especiais. A sala é utilizada em turno inverso ao que a criança estuda.  Como o aluno surdo trabalha durante o dia ele só é auxiliado por uma intérprete à noite.


Componentes:
Alisson Rogério Relly
Angélica Macedo
Daniela Cristina Strucker
Deisi Springer Pott
Odete Kreitlow Lobell





8 comentários:

  1. Caros alun@s!
    Gostaria de interagir com vcs lançando um questionamento:
    A língua de sinais é universal?Atravésdas pesquisas feitas a respeito de Libras, vcs arriscam uma resposta? Aguardo respostas para trocarmos informações. Abraço

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  2. A respeito do questionamento cito Audrei Gesser, autora do livro: Libras? que língua é essa? crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda. São Paulo; Parábola Editorial, 2009.

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  3. Oi Sandra Soares, andei pesquisando e lendo e achei isso, então vou arriscar a resposta: A Língua de Sinais não é universal, cada país tem a sua própria. Dessa forma, quando um surdo aprende uma segunda Língua de Sinais, por exemplo, ele utiliza sinais com sotaque estrangeiro. Quadros e Karnopp (2004, p. 33) ressaltam que:
    "Fazendo-se um exame dos dicionários das Línguas de Sinais de alguns países, comprova-se que nem todas as pessoas surdas fazem referência a um determinado referente usando o mesmo sinal. Woodward (1975c – comunicação pessoal, apud Battison 1978) compara 872 sinais da Língua de Sinais americana e francesa e conclui que, embora estas duas línguas sejam relacionadas historicamente, apenas 26, 5% dos sinais são idênticos. Além disso, pesquisas realizadas com surdos de 17 países demonstram que as línguas de sinais de diferentes países em geral não são entendidas por surdos estrangeiros."
    Então, a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é diferente da Língua de Sinais Americana (ASL), assim como estas são diferentes da Língua de Sinais Italiana, Japonesa e assim por diante.

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  4. Muito bem colocado pela colega Daniela que a língua de sinais não é universal. É uma língua autônoma, possuindo peculiaridades que as distinguem umas das outras e assim como também das línguas orais.

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    1. Realmente como já estudamos no eixo anterior que a lingua de sinais não é universal. Esta é uma prática que deveria ter mais atenção na área educacional que as pessoas com esta deficiência conseguissem interagir com os colegas e professores aos quais estes deveriam estar mais preparados para a recepção de alunos assim. Marta Lucia Corassini

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  5. Olá pessoal.
    Qual foram as fontes de dados da entrevista realizada? Com quem foram feitas estas entrevistas? Vocês poderiam explicar mais? E na opinião de vocês, existe uma boa oferta de cursos na área de LIBRAS para professores? No caso afirmativo, citem um exemplo.
    Abraço,
    Vinicius.

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    1. Olá !
      A entrevista foi realizada com a diretora da Escola, a professora responsável tradutora e intérprete de libras e com o pai do aluno.O aluno estava concluindo o ensino médio com 21 anos.
      Aqui em nossas região até encontramos cursinhos de libras, mas de um curso apropriado para professores não tenho conhecimento, estes geralmente são ministrados em grandes centros e não em cidades do interior.

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  6. Boa tarde,
    Sou a tutora a distância de Libras – Rubia.
    Parabéns pela realização da pesquisa. Que bom que este aluno tem o acompanhamento de um tradutor/intérprete de Libras, e de um profissional docente que sabe Libras. Acredito que a presença de um professor surdo neste espaço seria muito enriquecedor para o processo de ensino e aprendizagem deste aluno, tanto na sua aquisição linguística da Libras, como dos conteúdos ministrados em aula.
    Em que ano este aluno esta? Vocês mencionam que ele estuda à noite, ele é aluno de EJA? Qual a sua idade?
    Abraço

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